quarta-feira, 16 de maio de 2007

Parte II do Livro do Professor

Rio Cricaré : As águas de uma história


2.1 – Entendendo a Colonização.


Os portugueses chegaram ao Brasil e deram de cara com os tupis, sendo muito bem recebidos. Mas esse clima amistoso logo acabaria, pois os portugueses iriam querer a terra habitada pelos índios, causando guerras.
Portugal não queria apenas “ficar” com a terra, mais sim lucrar com ela, um modo pelo qual isso aconteceu foi no plantio da cana-de-açúcar. Os portugueses não eram os únicos, já que paises como a Holanda também queriam invadir terras brasileiras.


2.2 – A batalha do Cricaré


Em 1558, o donatário Vasco Fernandes Coutinho foi obrigado a pedir ajuda para o governador Geral do Brasil, visto que os índios estavam saindo na vantagem contra os portugueses. E a ajuda foi mandada logo a seguir.
Os navios e homens estavam a caminho, no comando de Fernão de Sá filho do governador geral, da vila de Vitória. Mas antes tiveram uma parada obrigatória e foram ao rio Cricaré para saber o que estava acontecendo. Chegando lá, ficaram surpresos com a força dos índios.
E os índios usavam ainda flechas, e se protegiam dentro de um forte, já os portugueses já usavam armas de fogo. Os índios tinham muito mais homens do que os portugueses, dificultando, mesmo sem armas de fogo, a ocupação portuguesa. Mas um fator negativo para os portugueses era falta de munição, a cada vez que ia recompô-la, os índios cresciam numericamente.
Sendo assim os portugueses saíram derrotados, com o seu comandante (Fernão) morto.


2.3 Entendendo os brasileiros...


Com o fim da perseguição aos cristãos (proibida pelo imperador Constantino), eles puderam converter bárbaros europeus ao cristianismo.
Na Europa a religião cristã tomou força a ponto de unir seus diversos reinos num mesmo ideal, se manteve soberana como única religião européia. Devido praticas julgadas incorretas por Martinho Lutero (monge católico) a igreja deixou de ser única, pois o próprio monge ergueu a igreja Cristã Luterana, pregava o Luteranismo.
Os protestantes começaram a ser perseguidos pelo papa, que não aceitava em perder fieis. Com essa “guerra religiosa” inicia-se a colonização do Brasil, com um propósito dos jesuítas de catequizar os índios para que a América fosse católica.
Com o acordo do papa e do rei de Portugal foi garantida uma religião única no território brasileiro. E as outras religiões e crenças (dos índios e africanos) foram oprimidas e perseguidas pelos cristãos. Isso mostra a intolerância cristã para com negros e índios.


2.4 No Tempo da Mandioca


A vinda dos jesuítas ao Brasil foram com o propósito de transformar índios em católicos, eles aceitavam a pregação cristã por que era o único meio de se defender dos colonos portugueses.
Os índios adultos só aceitavam as pregações dos jesuítas para se proteger e quando esgotava sua paciência eles iam embora e nunca mais voltavam. Visto o fracasso dos ensinamentos cristãos com relação aos índios adultos os jesuítas concentraram seus esforços em educar as crianças indígenas e deixar os adultos de lado.
A quantidade de jesuítas no Brasil se multiplicou, eles defendiam os índios contra os colonos e a brutalidade com que eram tratados.
Os jesuítas sobreviviam graças às plantações e criações de animais e incentivavam a urbanização, construindo igrejas e casas.
Os Jesuítas usavam nomes de santos cristãos para substituir nomes indígenas dados para rios e vilas. Um exemplo disso foi que o jesuíta José de Anchieta foi até a vila dos portugueses, perto do rio Cricaré e chamou a vila de São Mateus.
Naquela época os jesuítas eram os grandes professores do Brasil, ensinavam até os filhos de portugueses e consequentemente ganhavam muita força na defesa dos índios. Por causa da sua força os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marques de Pombal.
Pela expulsão dos jesuítas o Brasil ficou com várias obras inacabadas, mas o pior de tudo foi grande acumulo de jovens e adultos analfabetos, e esse é um fato que persisti até hoje na nossa realidade, mas em proporções menores.
Pouco antes da expulsão dos jesuítas, corria um boato de que foi encontrado pedras preciosas no interior da capitania do Espírito Santo, isso fez com que aumentasse muito a navegação pelo Rio Doce e Cricaré e muitos jesuítas aventuravam-se junto aos índios para obter verba para executar seus planos no Brasil.
A noticia ganhou proporções grandes e chegou a Europa, vendo a importância da informação o Rei de Portugal mandou que fosse vigiada a vila de São Mateus.
Para evitar o contrabando de pedras preciosas foram tomadas medidas de segurança como a proibição da navegação nos rios Cricaré e Doce rumo as minas, e a divisão do Espírito Santo em dois, a parte litorânea que hoje é o atual Espírito Santo e a parte das minas que hoje é atualmente Minas Gerais.
O Espírito Santo serviu de barreira para as minas, e para evitar invasões os portugueses incentivavam o desenvolvimento de São Mateus. Começou então a se plantar mandioca e começou a ser produzido em grande escala. A produção de farinha de mandioca era conhecida por todo o Brasil.
Os portugueses para tentarem viver com mais “conforto” começaram a adotar hábitos dos índios e utilizaram a sua língua para a melhor comunicação. A utilização da língua Tupi só deixou de existir quando o Rei de Portugal proibiu.
Nesse país onde as culturas eram varias São Mateus começou a crescer graças a mandioca e se tornou importante. Com incentivos dos governantes do Espírito Santo aumentou a população da vila graças à comercialização da farinha de mandioca, que neste caso era vendida para grandes senhores de escravos.Numa época de dificuldades para o Espírito Santo, São Mateus não deixava de obter lucros, assim, ela se tornara a cidade mais rica do Espírito Santo.

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